Sábado eu participei na travessia do Saco da Ribeira para Santos com @Felipe Ferraz e gostaria de fazer um comentário de como foi

Saímos sábado as 18 horas em 5 pessoas, eu, Felipe Ferraz, Elinho Carmignola (Veleiro Aloha), Gustavo (veleiro Captain Blue) e o Cristian um velejador da Guarapiranga.

Eu não conhecia nenhum deles pessoalmente, mas isso não atrapalhou nada para que nos tivéssemos um ótimo clima durante todo o percurso

Levantamos vela na saída da Ribeira e começamos ir no vento no traves da Ilha Anchieta com o Elinho no leme, depois foi a vez do Gustavo onde levou nos até traves de Caraguá, neste instante o vento acabou, fomos motorando atravessamos todo o canal da Ilhabela, as 11 horas decidimos que precisávamos a definir turno e que seria de 2 horas de duração, como já estava no leme preferi ficar no primeiro turno com tempo de 2 horas, no canal uma calmaria total difícil de ver desta forma na Ilhabela, eu no leme e o Felipe deitado no Cockpit “com um olho no peixe outro no gato” aproveitando a calmaria e descansando para os outro turnos, pois ele ficaria todos os turnos no Cockpit para uma possível emergência (sabia rescisão tomada pelo Capitão).

1:00am começou o turno do Elinho, eu querendo aproveitar o máximo não quis descer para dormir preferi ficar deitado no Cockpit e ir acompanhando as coisas que aconteciam, logo decidiram ir na vela, o vento estava aumentando

De lá em diante foram fortes emoções, já com o turno do Gustavo o vento foi subindo de 8, 10, 12, 14 nós, o céu lindo que estava foi ganhando nuvens pretas e gerando uma escuridão, neste momento decidimos fazer o 1. Rizo da grande por prevenção, pois está nuvens poderia trazer algo mais sério.
As ondas foram subindo e o vento ficou constante em 20 nos com poucas variantes, o Felipe no leme o Gustavo deitado no Cockpit e eu muito atento, prestando atenção em tudo com a escota da mestra para qualquer emergência soltar de imediato.

O mar estava com ondas bem grandes que passava estourando (confesso que chegou a dar medo algumas vezes)

Pela proa avistava montão de trigo e após um tempo alcatraz apareceu no traves quando o dia começou a clarear pois antes não tínhamos muita visão

O dia clareou, o vento diminuir e as ondas ficaram confusas, já conseguimos visualizar nosso ponto de entrada em Santos, isso já dava um alívio e uma sensação de dever cumprido, todos já acordados e eu sabia que não precisariam de minha ajuda, como eu ajudei um pouco em todos os turnos eu considerei que podia tomar um cerveja bem gelada para comemorar a madrugada dura que passamos e o Capitão aceitou uma de imediato

Ajudei montar uma asa de pombo e deitei no convés e dormir por uns 40 minutos, segundo o Élio

Decidiram motorar porque começou a preocupação com horário da chegada, todos ainda precisavam de voltar para casa dependendo de algum transporte, e como todos já estavam satisfeitos pela maravilhosa travessia não foi difícil de todos concordar.

Eu gostaria novamente agradeço o Felipe pela oportunidade que para mim foi muito prazerosa e com muito ganho de experiência

Ressalto aos mais experientes do grupo que quando houver uma oportunidade de levar alguém com menos experiência faça isso, pois estou me sentindo ainda mais apaixonado pela vela

E indico aos menos experientes que não perca uma oportunidade, sentir na pele tudo o que vemos na internet é ótimo.

Nilberto (veleiro Bohemio) - Tripulante na travessia Ubatuba - Santo (Outubro 2018)

Parabéns ao nosso Capitão, Felipe Ferraz, ao Marco, nosso comandante, e toda tripulação maravilhosa!!👏👏

Marilia Prado - Tripulante na REFENO 2017

Manito, sem palavras pra agradecer a trip, foi animal… Valeu muito…. Vc eh um puta capitão!!!!

Rogério da Rosa Fernandes - Tripulante na Santos-Rio 2017